“Pela primeira vez em três décadas de carreira, estou fazendo um show solo. Pouca gente conhece o meu violão. No entanto, praticamente tudo o que fiz vem dele. Depois entram guitarra, programações, timbres, todo o resto. Mas a fonte está nele. Isso sempre me pareceu tão óbvio, quase simplista, que talvez por isso mesmo nunca tenha me ocorrido. A ideia de me apresentar apenas com violão me remete ao osso, ao embrião, à origem de tudo. Essa é a razão do show. Sempre valorizei muito os músicos e sempre toco com os melhores. Mas o momento agora é outro. Apenas voz, violão e a minha alma ali. Sem alicerces ou ornamentos. Sozinha ou em parcerias, sempre busquei o essencial. Mas hoje sou pior… E sinto quase um prazer em necessitar de pouco. O meu futuro tem sido o presente. E o presente, às vezes, ainda uma perspectiva.”

(Marina Lima)